Golpe da Selfie: cibercriminosos usam engenharia social para driblar reconhecimento facial
Nos últimos anos, os golpes digitais vêm se tornando cada vez mais sofisticados. Um dos que mais preocupa especialistas em segurança da informação é o chamado Golpe da Selfie.
Essa fraude usa a engenharia social para enganar vítimas e obter acesso indevido a contas bancárias, dados pessoais e até mesmo efetuar transações fraudulentas.
Para evitar ser vítima desse tipo de crime, é essencial entender como ele funciona e como se proteger. Confira a seguir!
Como funciona o golpe da selfie?
No golpe da selfie, os criminosos burlam a verificação de identidade por reconhecimento facial, um mecanismo de autenticação cada dia mais comum em bancos, fintechs e serviços online.
Tudo começa quando os golpistas descobrem os dados pessoais das vítimas, seja por meio de vazamentos online ou pela análise de dados expostos na internet. A partir daí, com algumas informações em mãos, eles fazem o contato inicial geralmente por telefone ou mensagem por app, e se passam por uma instituição financeira, empresa ou até mesmo um serviço governamental.
A abordagem
O motivo do contato para a abordagem inicial costuma seguir duas linhas principais:
Golpe por premiação: os golpistas afirmam que a vítima foi contemplada com um prêmio ou brinde. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), artifícios comuns são cestas básicas ou benefícios previdenciários.
Problema na conta: a vítima é pressionada sobre um problema que precisa ser resolvido com urgência naquele momento para evitar prejuízos ou dores de cabeça.
O próximo passo dos criminosos é usar os dados recolhidos para ganhar a confiança da vítima. Durante a comunicação, eles mencionam nome completo, números de documento e mesmo dados bancários para convencer a pessoa de que as solicitações são legítimas.
A aplicação do golpe
Alegando necessidade de atualização cadastral ou verificação de identidade, os criminosos solicitam que a vítima envie uma selfie segurando um documento oficial (como RG ou CNH). Em alguns casos, pedem também um vídeo, seguindo instruções específicas, como piscar ou falar determinada frase.
Com as informações pessoais e a selfie com o documento em mãos, os golpistas conseguem se passar pela vítima e abrir ou acessar contas bancárias, solicitar crédito e efetuar transferências, tudo no nome da pessoa enganada.
Como se proteger do golpe da selfie?
Para evitar cair nessa e em outras fraudes, é fundamental adotar boas práticas de segurança digital. As medidas de proteção incluem:
Desconfiar de contatos inesperados: bancos e empresas legítimas não solicitam selfies ou vídeos por aplicativos de mensagens ou redes sociais.
Verificar a fonte: se receber uma solicitação desse tipo, entre em contato diretamente com a instituição por meio dos canais oficiais.
Nunca compartilhar dados sensíveis: evite enviar fotos de documentos ou selfies para desconhecidos ou por canais não verificados.
Monitorar as contas regularmente: fique atento a movimentações suspeitas e, ao menor sinal de irregularidade, entre em contato imediatamente com a instituição responsável.
Educar-se e alertar colegas e familiares: quanto mais pessoas souberem sobre o golpe, mais difícil será para os criminosos aplicá-lo.
O golpe da selfie é uma ameaça real e crescente que se aproveita da confiança e da falta de informação das vítimas para obter acesso a dados sensíveis. Por isso, assim como em outras formas de engenharia social, a melhor defesa é a conscientização.
Ficar atento a como funciona o golpe e seguir boas práticas de segurança pode impedir que os criminosos causem danos financeiros e pessoais a pessoas físicas e jurídicas. O envolvimento ativo de todos é fundamental para combater os crimes digitais!
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Produção: Equipe de Conteúdo da Perallis Security